Renascimento

Auta de Souza

Manhã de rosas. Lá no etéreo manto,
O sol derrama lúcidos fulgores,
E eu vou cantando pela estrada, enquanto
Riem crianças e desabrocham flores.

Quero viver! Há quanto tempo, quanto!
Não venho ouvir na selva os trovadores!
Quero sentir este consolo santo
De quem, voltando à vida, esquece as dores.

Ouves minh'alma? Que prazer nos ninhos!
Como é suave a voz dos passarinhos
Neste tranquilo e plácido deserto!

Ah! entre os risos da Natura em festa,
Entoa o hino da alegria honesta,
Canta o Te Deum, meu coração liberto.

***

Felicito a nobre dama Auta de Souza por mais uma translúcida primavera,
na querida data comemorativa de seu aniversário!

Instantes Preciosos